sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Cosmonautas na estação espacial encontram vida no vácuo do espaço

diatoms-through-the-microscope

A agência russa de notícias ITAR-TASS está relatando algo tão surpreendente que eu tenho dificuldade em acreditar: cosmonautas descobriram microrganismos no exterior da Estação Espacial Internacional. Os cientistas russos estão chocados com essa descoberta e não conseguem explicar como isso é possível.
De acordo com Vladimir Solovjev, chefe da missão russa na ISS, estes resultados “são absolutamente únicos”:
Encontramos vestígios de plâncton marinhos e partículas microscópicas na superfície do iluminador. Isso deve ser estudado mais a fundo.
Por enquanto, a agência espacial russa não sabe explicar como plâncton marinho acabou surgindo na estação espacial. Eles descartam a possibilidade de espaçonaves levarem os microrganismos até lá.
A única explicação deles é que as correntes atmosféricas poderiam estar levantando estas partículas do oceano até a estação, a 330 km de altitude, o que parece absolutamente louco para mim:
O plâncton nestas fases de desenvolvimento pode ser encontrado na superfície dos oceanos. Isto não é típico para o Baikonur. Isso significa que há algumas correntes de ar que atingem a estação e se estabelecem sobre a superfície.
Os microrganismos foram encontrados em amostras coletadas pelos cosmonautas durante uma caminhada espacial. Foi uma surpresa completa ao analisá-las, pois eles só esperavam encontrar os contaminantes produzidos por motores de naves espaciais, que levam e trazem recursos e pessoas.
Não está claro se os organismos estavam crescendo ou se multiplicando mas, se confirmada, esta descoberta pode dar ainda mais credibilidade à teoria de que a vida orgânica pode ter se espalhado pelo espaço viajando em cometas e asteroides. [ITAR-TASS]
Imagem de diatomáceas pelo professor Gordon T. Taylor, Stony Brook University

Fonte:http://gizmodo.uol.com.br/cosmonautas-vida-vacuo/

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Brasil obtém conquista inédita em olimpíada de astronomia

Crédito da Imagem: IOAA.
O Brasil conquistou, pela primeira vez, uma medalha de prata na 8ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês), realizada de 1º a 10 de agosto, na cidade de Suceava, na Romênia. A delegação brasileira trouxe ainda duas medalhas de bronze e três menções honrosas.
O segundo lugar foi conquistado na competição em equipe, que combina provas teóricas com observação e análise de dados. Neste ano, os estudantes tiveram que resolver um problema de dinâmica orbital. As competições individuais, que renderam as medalhas de bronze e menções honrosas, têm provas práticas e teóricas de Astronomia e Astrofísica.
Para garantir a prata, o grupo teve de calcular, em 90 minutos, a trajetória de dois mísseis que deveriam atingir um asteroide em rota de colisão com a Terra e “salvar” o planeta. Os participantes só puderam utilizar réguas, massa de modelar e barbante na resolução da questão.
Os líderes da equipe foram os astrônomos Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e Eugênio Reis, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A medalha de ouro da prova por equipe ficou com o Canadá; a de bronze, com a Lituânia.
Nas provas individuais, os estudantes que conquistaram medalhas de bronze foram Allan dos Santos Costa, de Bauru (SP), e Daniel Mitsutani, da capital paulista. Daniel Charles Heringer Gomes, de Mogi das Cruzes (SP), Felipe Vieira Coimbra, de Teresina (PI), e Pedro Guimarães Martins, de Belo Horizonte (MG), ficaram com a menção honrosa.
A edição deste ano reuniu 208 estudantes de 39 países. Os participantes da delegação brasileira tiveram excelente pontuação na prova nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), organizada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), passando por outros testes até a seleção final.

Disponível  em: http://universoracionalista.org/brasil-obtem-conquista-inedita-em-olimpiada-de-astronomia/

Primeiras fotografias da fotossíntese em ação

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/08/2014

Primeiras fotografias da fotossíntese em ação
O processo envolve a ação dos fótons da luz solar, que quebram as moléculas de água em prótons (hidrogênio), elétrons e oxigênio. [Imagem: Mary Zhu]
Quebra da água na fotossíntese
Uma equipe internacional de pesquisadores conseguiu fazer as primeiras fotografias da fotossíntese em ação.
O processo, que ocorre em uma escala temporal extremamente curta, envolve a quebra das moléculas de água em prótons (hidrogênio), elétrons e oxigênio.
"Este estudo é o primeiro passo rumo ao nosso objetivo final de desvendar os segredos da separação da água e conseguir fazer filmes moleculares das biomoléculas," disse a Dra. Petra Fromme, da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos.
Como esse processo é rápido demais, não se pode usar uma câmera comum. A equipe usou um tipo de raio X produzido por pulsos de laser ultracurtos, cada um durando poucos femtossegundos.
Esta é a escala temporal na qual as moléculas vibram e as reações químicas ocorrem - 1 femtossegundo equivale 10-15 segundos.
Primeiras fotografias da fotossíntese em ação
Cada linha vertical na imagem representa compostos e átomos existentes em cada etapa do processo de fotossíntese. [Imagem: Mary Zhu]
Fotossíntese artificial
A elucidação do mecanismo de quebra das moléculas de água é essencial para o desenvolvimento de sistemas artificiais que possam imitar a eficiência dos sistemas naturais - uma área de pesquisas conhecida como fotossíntese artificial.
O grande objetivo dos pesquisadores é construirfolhas artificiais, dispositivos que usem a energia solar para produzir hidrogênio.
hidrogênio então será usado para produzir eletricidade em células a combustível ou queimado diretamente em motores e turbinas.
Antes que isso se torne realidade, no entanto, os cientistas precisam saber exatamente como a fotossíntese natural funciona - este estudo representa uma etapa crucial nesse conhecimento, e abre caminho para a execução das etapas que faltam.

Fonte: Inovação Tecnológica

sábado, 16 de agosto de 2014

Ranking de Xangai: Brasil tem 6 universidades entre 500 melhores do mundo

  • A USP (Universidade de São Paulo) é a melhor universidade brasileira, de acordo com o ranking. Na foto, a Praça do Relógio no campus oeste de São Paulo
    A USP (Universidade de São Paulo) é a melhor universidade brasileira, de acordo com o ranking. Na foto, a Praça do Relógio no campus oeste de São Paulo
O Brasil tem seis universidades entre as 500 melhores do mundo, de acordo com o ranking de Xangai (ARWU, sigla para Academic Ranking of World Universities). A classificação foi divulgada nesta sexta (15).
A USP (Universidade de São Paulo) é a primeira instituição brasileira que aparece no ranking, na faixa entre as 100ª e 150ª posições. Ela também é a única da América Latina entre as 150 melhores do mundo. A USP enfrenta greve de funcionários e estudantes desde o final de maio e está em meio a uma crise financeira, cogitandoprograma de demissão voluntária.
As outras instituições de ensino superior do Brasil no 'Top 500 de Xangai' são a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) , a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), todas as quatro na faixa entre as posições 301ª e 400ª. A outra instituição que aparece entre as 500 melhores é a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), na faixa entre as 401ª e 500ª posições. 
Outras quatro universidades latino-americanas aparecem entre as 500 melhores do mundo, duas do Chile (Católica e U de Chile), uma da Argentina (UBA, Universidade de Buenos Aires) e uma do México (Unam, Universidade Nacional Autônoma do México).
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Conheça as 10 melhores universidades do mundo, segundo o ranking 2014 de Xangai 10 fotos

7 / 10
7º lugar - Instituto Tecnológico da Califórnia - Caltech (EUA) Leia mais Wikimedia Commons

Domínio norte-americano

A edição de 2014 do ranking universitário não apresenta muitas mudanças em relação a 2013 e confirma o domínio americano. Harvard é considerada a melhor universidade do mundo, seguida por Stanford, MIT (Massachusetts Institute of Technology) e Universidade da Califórnia.

A Grã-Bretanha é o outro país que integra o exclusivo clube anglo-saxão das 10 melhores universidades do mundo, com Cambridge (quinta posição) e Oxford (nona posição).

Na Europa continental, a ETH de Zurique (19ª), a Universidade Pierre e Marie Curie de Paris (35) e a Universidade de Copenhague (39) são as três melhores da região.

A Universidade de Tóquio (21) e a Universidade de Kioto (26) são apontadas como as melhores da Ásia.

O índice de Xangai foi criado em 2003 na Universidade Jiao Tong. Um dos principais rankings mundiais de ensino superior, a classificação costuma receber críticas por sua metodologia. De acordo com os pesquisadores da Jiao Tong, a lista é baseada em uma série de indicadores objetivos e informações fornecidas por terceiros. Entre os critérios utilizados está o número de prêmios Nobel que ex-alunos ou pesquisadores das universidades receberam, o número de medalhas Fields (equivalentes ao Nobel de Matemática e que teve o Artur Avila, do IMPA, entre os vencedores este ano), assim como o número de artigos publicados em revistas exclusivamente de língua inglesa como "Nature" e "Science".

A cada ano são avaliadas 1.200 universidades de todo o mundo, mas a lista inclui apenas as 500 melhores.

Lista das 10 melhores universidades do mundo em 2014 de acordo com a classificação de Xangai:

1. Universidade Harvard (EUA)

2. Universidade Stanford (EUA)

3. Instituto Tecnológico de Massachusetts - MIT (EUA)

4. Universidade da Califórnia-Berkeley (EUA)

5. Universidade de Cambridge (Grã-Bretanha)

6. Universidade de Princeton (EUA)

7. Instituto Tecnológico da Califórnia - Caltech (EUA)

8. Universidade Columbia (EUA)

9. Universidade de Chicago (EUA)

9. Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).
*Com informações da AFP
 Disponível em: http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/08/15/seis-universidades-brasileiras-ficam-entre-melhores-do-mundo-segundo-arwu-ranking-de-xangai.htm#fotoNav=7

Asteroide com força nunca antes vista pode atingir a Terra

Cientistas da Universidade de Tennesse, na cidade de Knoxville, Estados Unidos, descobriram que um asteroide gigante e de forças nunca antes encontradas pode atingir a Terra no ano de 2.880, causando grandes danos – podendo marcar o “fim do mundo”. As informações são do Daily Mail. Apesar de as chances de choque ser de apenas 0,3%, os estudiosos já pesquisam uma forma de combater o asteroide, evitando qualquer desastre. 
O asteroide foi visto pela primeira vez ainda na década de 1950, sendo nomeado 1950 DA. Como possui 1000 metros de diâmetro e gira numa velocidade impressionante, o corpo celeste deveria se despedaçar em vários pedaços, mas isso não está acontecendo. Desta forma, os cientistas descobriram que ele pode ser unido por uma força de coesão chamada de van Der Waals. Isso significa que o asteroide tem gravidade negativa. Por causa desse fator, os cientistas não sabem lidar com a destruição desse asteroide. A existência de van Der Waals tem sido prevista em pequenos asteroides, mas as evidências nunca foram vistas antes do 1950 DA. Os cientistas afirmaram que não há motivos para preocupação, já que as chances de a rota do asteroide coincidir com a Terra são mínimas. Ademais, desde 2000, o nosso planeta foi atingido mais de 20 vezes por estes corpos celestiais. As pesquisas foram publicadas na edição desta semana da revista científica Nature.

Fonte: Terra

Enxame de 1.000 robôs mostra inteligência artificial coletiva

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/08/2014

Enxame de 1.000 robôs mostra inteligência artificial coletiva
Cada robô segue instruções simples para desempenhar coletivamente tarefas complexas - como desenhar o formato de uma estrela do mar. [Imagem: Mike Rubenstein et al. - 10.1126/science.1254295]
Robótica de enxame
Em 2011, engenheiros da Universidade de Harvard apresentaram um conceito demicrorrobôs projetados para atuar em bandos - a chamada robótica de enxame.
Eles foram batizados de Kilobots, onde "quilo" era uma referência ao projeto de criar um enxame com 1.000 microrrobôs - o mesmo prefixo dos "kbytes".
Agora eles concluíram o projeto, formando um enxame com exatos 1.024 robôs, cada um dotado de uma inteligência mínima, mas suficiente para que todos se entendam e executem tarefas em conjunto.
Este é o maior enxame robótico já criado até o momento, demonstrando um conceito que pretende usar robôs simples e de baixo custo para executar tarefas grandes, como realizar operações de busca e salvamento, construirespaçoportos lunares e até casas na Lua.
Os Kilobots foram projetados para imitar o comportamento de insetos, como abelhas, formigas e outros insetos sociais.
Eles se movimentam usando motores vibracionais - suas pernas rígidas vibram, fazendo-os deslizar sobre superfícies lisas - e comunicam-se uns com os outros por meio de luzes infravermelhas, como as usadas em controles remotos.
Para diminuir o tamanho dos robôs e minimizar seu gasto de energia, o alcance das comunicações é pequeno, o equivalente a três vezes o diâmetro de cada robô.
Enxame de 1.000 robôs mostra inteligência artificial coletiva
[Imagem: Mike Rubenstein et al. - 10.1126/science.1254295]
Inteligência artificial coletiva
Para testar o exame robótico, Mike Rubenstein e seus colegas codificaram três algoritmos descrevendo três comportamentos coletivos: localização, seguir uma rota e formação de gradientes.
Uma função de monitoramento cooperativo garante que os robôs evitem colisões, reconheçam companheiros que tenham pifado pelo caminho e evitem engarrafamentos, o que a equipe afirma ser um marco significativo no campo dainteligência artificial coletiva.
Quando as instruções são transmitidas, não é mais necessário se preocupar com os robôs individualmente.
Quatro deles começam a tarefa estabelecendo o ponto de origem de um sistema de coordenadas. Os demais recebem uma planta baixa do desenho que devem formar e então usam seus comportamentos bastante primitivos e simples para encontrar uma posição no desenho.
Os "comportamentos" - a capacidade de ação de cada robô - limitam-se a seguir a borda do agrupamento, calcular a distância do ponto de origem e manter um senso de localização relativa.
Embora haja erros no processo, os robôs prosseguem continuamente em seu processo de automontagem das estruturas programadas - letras ou uma estrela, por exemplo.
Enxame de 1.000 robôs mostra inteligência artificial coletiva
Desenhos formados pelo enxame de robôs. [Imagem: Mike Rubenstein et al. - 10.1126/science.1254295]
Prova matemática
Como os desenhos são corretamente formados pelo enxame, os pesquisadores afirmam que isto é uma prova matemática de que os comportamentos individuais dos robôs podem levar ao resultado global correto.
O objetivo agora é trabalhar nos algoritmos para que o enxame possa executar tarefas mais complexas.

Fonte: novação Tecnológica

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Trajetória quântica esclarece morte do Gato de Schrodinger

Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/08/2014
Trajetória de partículas quânticas esclarece morte de Gato de Schrodinger
A definição entre a vida e a morte do Gato de Schrodinger não é instantânea, ainda que não seja tão suave e contínua quanto um evento clássico. [Imagem: Irfan Siddiqi/UC Berkeley]
Rota entre morto e vivo
Se você joga uma bola para outra pessoa, a bola seguirá sua rota de forma contínua e direta.
Mas se a bola for pequena demais - um átomo ou uma molécula, por exemplo - ela obedecerá às leis da mecânica quântica, e não da mecânica clássica, o que tornará as coisas um pouco mais complicadas.
Partículas quânticas podem existir em uma sobreposição de estados, como estarem em dois lugares ao mesmo tempo, só "escolhendo" um deles quando se tenta medir onde elas realmente estão.
Assim, parecia impossível estabelecer uma trajetória contínua para uma partícula quântica, parecendo que só era possível localizar pontos bem discretos de sua rota - ou lá ou cá.
O exemplo mais conhecido disso é o famoso experimento mental conhecido comoGato de Schrodinger, em que um gato é posto em uma caixa onde um frasco de veneno pode ser aberto pelo estado de uma partícula quântica.
O gato estaria em um estado de superposição, vivo e morto ao mesmo tempo, já que sua condição definitiva só seria determinada quando a caixa fosse aberta - o que equivale a fazer uma medição da partícula quântica.
Uma equipe de físicos das universidades de Rochester, Berkeley e Washington, todas nos Estados Unidos, agora demonstrou que não é bem assim, estabelecendo um caminho provável entre a vida e a morte do gato. O evento não seria instantâneo, com o gato seguindo uma rota contínua de sua vida até sua morte - o gato morre suavemente, por assim dizer.
A descrição dessas rotas prováveis das partículas quânticas mereceu a capa da revista Nature.
Trajetória de partículas quânticas esclarece morte de Gato de Schrodinger
Os dados mostram o caminho "mais provável" (em vermelho) entre estados quânticos iniciais e finais (pontos pretos). As medições são mostradas em uma representação conhecida como esfera de Bloch. [Imagem: Areeya Chantasri]
Trajetória quântica
Conforme um estado quântico colapsa, saindo de uma superposição e assumindo um estado clássico, ou mesmo uma superposição diferente, ele segue um caminho conhecido como uma trajetória quântica.
Para cada estado de origem e cada estado final há um caminho "mais provável" ótimo. O problema é que não é fácil prever esse caminho ou mesmo rastreá-lo experimentalmente.
Para conseguir isso, a equipe criou um qubit supercondutor com propriedades de coerência muito precisas - os cientistas costumam chamar esse tipo de sistema quântico de átomo artificial, podendo ele permanecer em uma superposição quântica durante um monitoramento contínuo.
O experimento tirou proveito do fato de que qualquer medição perturba um sistema quântico - exceto as chamadas medições fracas.
Isto torna possível traçar o caminho ideal da partícula efetuando medições contínuas, ou seja, forçando-a a passar continuamente de um estado quântico para outro.
Trajetória de partículas quânticas esclarece morte de Gato de Schrodinger
O qubit supercondutor usado no experimento - um átomo artificial - é mantido a uma temperatura de 7 milliKelvin. Com o ruído termal suprimido a esse nível, o dispositivo entra naquilo que os físicos chamam de "espaço quântico". [Imagem: Joe Angeles/WUSTL]
Controle quântico das reações químicas
"O experimento demonstra que, para qualquer escolha de estado quântico final, o 'caminho ideal' mais provável em um determinado momento pode ser encontrado e previsto," disse Andrew Jordan, membro da equipe. "Isto confirma a teoria e abre caminho para técnicas de controle quântico ativas."
Kater Murch, coautor do estudo, ressalta que esse controle quântico ativo é especialmente interessante para a química.
"Nos últimos 20 anos, os químicos desenvolveram uma técnica chamada controle quântico, na qual pulsos de laser são usados para dirigir reações químicas, ou seja, conduzi-las entre dois estados quânticos. Os químicos controlam o campo quântico com o laser, e esse campo controla a dinâmica de uma reação química," explicou ele.
"Eventualmente, nós seremos capazes de controlar a dinâmica das reações químicas com lasers, em vez de apenas misturar um reagente 1 com um reagente 2 e deixar a reação evoluir por conta própria," concluiu o físico.
Interpretação de Copenhague
O resultado também tem impacto sobre o campo da computação quântica, desafiando a interpretação tradicional da teoria quântica, conhecida como interpretação de Copenhague, que estabelece que a passagem entre estados seria instantânea.
"Mas o monitoramento em tempo real de um sistema quântico mostra que é um processo contínuo, e que nós podemos constantemente extrair informações do sistema conforme ele passa de quântico para clássico. Este nível de detalhe nunca foi considerado acessível pelos fundadores originais da teoria quântica," disse o professor Irfan Siddiqi.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=trajetoria-particulas-quanticas-esclarece-morte-gato-schrodinger&id=010165140812#.U-rUr-NdVKo

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Blogue auxilia professor a manter o interesse dos alunos


Alex procura interligar a física com outras 
ciências, especialmente a astronomia
Autor: Arquivo pessoal
Professor de física no município cearense de Pires Ferreira, a 300 quilômetros de Fortaleza, Alex Farias reconhece que a disciplina assusta os estudantes do ensino médio. Por isso, durante as aulas na Escola Estadual Francisco Soares de Oliveira, ele procura despertar a curiosidade dos alunos. “A maioria não se identifica com a forma de os professores trabalharem com a física”, afirma. “Faz-se necessário, portanto, encontrar formas de atraí-los para que não se afastem ainda mais da ciência.”
Alex procura interligar a física com outras ciências, especialmente a astronomia. “Incentivo a participação em competições como as olimpíadas brasileiras de Astronomia (OBA), de Física (OBF) e de Física das Escolas Públicas (Obfep)”, revela. Os estudantes participam também da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), há quatro anos.
Com outros colegas professores, Alex promove aulas para os alunos participantes dessas olimpíadas no período do contraturno. “Assim, além de conquistarmos algumas medalhas na OBA, conseguimos despertar em alguns jovens o gosto pela ciência”, analisa. De acordo com o professor, isso pode ser comprovado pelo ingresso de estudantes da escola Francisco Soares em cursos de física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Ceará.
Como o laboratório de ciências da escola ainda está em construção, o professor realiza experimentos simples na própria sala de aula. Outra medida adotada por ele é a de levar os estudantes ao laboratório de informática para que tenham acesso a laboratórios virtuais na internet, como o Física Animada.
Em 2011, ao perceber o interesse dos alunos pelas redes sociais, como Orkut e Facebook, Alex criou o blogue Física Fascinante. Ele usa o blogue como ferramenta pedagógica capaz de atrair o interesse dos estudantes e despertar neles o gosto pela ciência. “Assim, posso colocá-los em contato com a física, mesmo longe da sala de aula”, justifica. Além disso, o blogue é considerado pelo professor mais uma fonte de pesquisa e de informação, com acesso a qualquer momento e em qualquer lugar, por meio da internet.
Licenciado em física, com especialização em ciências físicas, químicas e biológicas, Alex deu aulas até dezembro de 2013. Atualmente, exerce a função de diretor da escola. (Fátima Schenini)
Acesse o blogue da EE Francisco Soares de Oliveira